quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ele cantou.

Ele cantou pra  Ela suas musicas prediletas.
A levou para sua casa e a admirou dormir, Ela dormia como que dormia em um nuvem azul, enquanto docemente o Ele acarinhava os cabelos dEla, ainda com  maquiagem agora um pouco borrada pela noite que se passara.
Dentre esses carinhos Ela então despertou e conduziu encantos aos olhos dEle.
Aquele Olhar tão forte que parecia querer roê-la vagarosamente ate nada mais sobrar.
Alem de estranhos ares os olhares dele também confessavam o Encanto para cada movimento dela, espontâneos! como disse Ele em um poema ofertado a Ela.
E Mesmo a cerca destes tantos olhares, até sombrios, uma pulsação latente fazia Ela se entregar para saber qual o segredo guardado naqueles olhos.
A Entrega existiu! e foi recíproca na sua sublimidade de sensações entorpecidas pelas essências formuladas aos suspiros e gemidas, singelas e ternas porem quentes como a pele deles juntos.
Que transpiravam em pequenas gotículas já sim, sentidas de culpa e desejo, desejo do proibido, errado... Contravenções morais deste mundo irreal onde os Seres temem e se amedrontam perante o Amor.
Mas Naquele instante não, Amor é ação e reação a cada toque, bordado em um sutil tatear das pontas dos dedos dele em todas as curvas que Ela graciosamente permitia ser tocada; e desfrutava o que mais ainda o fez encantar.
Os pensamentos dele soavam coisas como; Aquela Mulher, Ela era capaz de se permitir como nenhuma outra mulher já tinha se apresentado pra Ele. E isso o Fascinava, deixava tonto, entorpecido, embriagado. Por tremer por dentro.
Cada olhar de bicho da Terra que Ela colocava sobre Ele o fazia se deliciar mais,mesmo existindo um sensação tal qual, Medo embrenhada na atmosfera.
O Cheiro do vento contava pra Ela que intensas coisas estavam prestes a acontecer, conheceriam eles coisas, quais suas até insanas mentes não teriam ousado supor.

A Lua Cheia posta no Céu garantia a Mágica do Encontro.
Porem sabia Ela também que nessas intensidades não só as alegrias e celebrações se fariam presentes,mas também as provações e dores da negação.
Mas ela abusada e traquina, se fez esquecer deste detalhe por hora. Pois de fato ainda não tinha Ela a resposta do que sombrio guardavam os olhares de vontade dele.





Gritou aos ventos amar agora duas mulheres, buscou ajuda de quem fosse pra entender o que Ele mesmo não podia suportar acreditar,quanto então estar sentindo.
Outras vivencias faziam com que Ela fosse capaz de perdoa-lo por isso, mesmo que Ela não quisesse dividi-lo com ninguém.
De fato nem era isso, Ela só não dividiria a parte que lhe cabia que Ele havia ofertado tal qual um romântico oferece seus gracejos.


E eles seguiram ...um pro sul outro pro norte,sem saber que eles se encontram na curva do Mundo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ela em dia de Jeans Sujo

“Hoje é dia de usar o meu jeans mais sujo.
Pegar as meias do cesto e enfarinha-las com talco; o resto que por ali sobrou.”

Corre macia a cerveja amarga e bem gelada.
O Som suave do cantante irlandês, que assovia baixinho palavras desconexas sobre um futuro prospero.
Na verdade, Verdade!... Ela só queria brincar.
Livremente entre as Campinas e as grandes planícies que ao longo de seu doce olhar se apresentavam ainda molhadas pelo perfumado sereno daquela manha de domingo.
Cansada novamente do ranger das molhas da cadeira velha Ela então decide mover os ares em turbilhão. Alça vôo ainda mais alto, determinada e precisa com o que almeja para seu futuro presente.
Ela não mais aceita o pouco ou torto, quer e almeja o Preciso e Abundante.
Em um vacilo as molas voltam a ranger.
Mas Ela esta atenta,´percebe logo. Sabe bem o que precisa.
Mais um gole. Agora, não tão frio, mas ainda satisfatório. Cabe ainda no que Ela precisa.
Uma interrupção, uma pequena distração passageira e Ela retoma o foco.
Lentamente o Cantante preenche os espaços em seus pensamentos. Onde Ela não pensa, ele algo assovia.

Por vezes, quando o cantante nada diz; Ela mesmo sussurra algo.
Rápida no raciocínio, ou livremente espontânea, por tantas outras vezes uma triste impulsiva. 
Deslumbrada com tantas belezas que esta se fez capaz de perceber, Ela anda bailando por entre as ruas desta tão pequenina cidade. Não tão pequena como muitas que Ela mesma já passou, mas miúda o suficiente pra que Ela se sinta gigante em Natureza.

Nesta noite ela se sente poder tocar o céu. Profunda tristeza que a amargurou durante os dias passados, parece começar a desfragmentar e se esvair em poeira, que se Ela pudesse escolher seriam cósmicas para poder tocar o Infinito e se purificarem nas graças dos celestes e grandes Deuses.

Muitas lembranças  giram em seus surtos de realidade.
Vagamente... Como acordes divinos; Ela enxerga as pedras firmes no lago adiante.
Passo a passo um caminho se faz formado.
Existe um propósito, nem um abraço ou sorriso em vão. Cada grão de felicidade semeado em sua trajetória agora já podem brotar.
Por vezes Ela chorou.
Lágrimas intensas, bem robustas mesmo, afirmo pra vocês... Eu já há vi chorar.
Seu solo bem arado por suas malucas sandices, recebeu macio cada louco ato de AMOR que Ela soprou no vento.

Pena sinto Eu dos que não  perceberam o que Ela fazia na vida Deles.
Ser não é um verbo pra Ela. Ela pensa que ser é Vida.
Só vive quem se permite Ser! Isso pensa Ela sobre o tema VIDA.
Ela pensa que VIDA é simplesmente SER.
È disso que a Vida precisa! Diz ela....
Que nos entreguemos corajosos.... Pois a vida conduz com parcimônia os filhos da Terra que se dão para a grandeza do Universo. Carregando as belezas pra tudo que você realmente precisa vivenciar.
A mãe Terra cuidará dos que por ela zelarem, Uma mãe sabe o cheiro de cada filho, acredite que ela saberá te reconhecer quando necessário.
Muito Ela e Eu pensamos igual.
Tão pouco falta para que tudo possa estar sereno.

Mas vejamos, não estamos aqui pra falar de mim não é mesmo.
Onde estava Eu?
Claro!!!
Ela.
Ela um Ser tão profundo, tão profunda que é exagerada por momentos até. Mas tão doce Ela é. Vejo que as crianças saboreiam isso dela, essa doçura. Os Acordados que a cercam, sempre se encantam e deliciam com sua existência, tenho clara certeza de que Ela e a criança dela aprenderam a andar de mãos dadas. Pois certamente um sorriso de criança Ela tem no seu exótico rosto humano.